Clipping

Arritmia como a de Agüero, do Barcelona, tem tratamento

Arritmia como a de Agüero, do Barcelona, tem tratamento

A arritmia cardíaca ocorre em decorrência de modificações no ritmo das batidas do coração e, na maioria dos casos, é benigna e não representa riscos, segundo o cardiologista João Vicente, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Mas há situações em que é preciso atenção, como no caso do jogador do Barcelona Agüero, de 33 anos, que foi retirado de campo no último sábado (29) após sentir fortes dores no peito.

O especialista explica que as arritmias mais graves geralmente são hereditárias e precisam de acompanhamento médico, com a realização de eletrocardiograma e exames com o holter (dispositivo que analisa as batidas do coração), teste ergométrico e ressonância.

O clube do jogador argentino informou que o atleta será afastado por três meses para avaliar o seu tratamento.

O médico ressalta que jogadores de futebol, por realizarem atividades físicas constantes, geralmente têm menos problemas cardiológicos, mas alerta para a necessidade da realização de exames para detectar anomalias, a fim de evitar casos como os de Agüero e Eriksen, jogador dinamarquês que teve um mal súbito durante uma partida.

“A atividade física constante é geralmente muito positiva para o coração, mas é preciso que todas as pessoas passem por um cardiologista para estudar a presença de algum problema cardiológico. Muitos atletas de várzea, e até mesmo profissionais, não realizam os exames adequados e podem ter arritmias hereditárias que um dia se desenvolvem”, explica Vicente.

No caso de Agüero, o especialista afirma que somente após a realização de diversos exames será possível descobrir a melhor forma de tratamento e, caso seja necessário, o uso de medicamentos. Por se tratar de um caso mais grave de arritmia, é possível que o atleta precise parar de jogar.

Segundo dados da Sobrac (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas), mais de 20 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de alteração no coração, e a doença é responsável por mais de 320 mil mortes no país todos os anos.

“Não existe perfil nem padrão de pessoas que sofrem de arritmia. Ela ocorre ao acaso, pode ser desenvolvida até mesmo na infância. Só é possível prever a presença da alteração quando há casos na família. Então a arritmia maligna é hereditária”, conclui Vicente.

O especialista explica que os sintomas mais frequentes são palpitações no coração, que dispara, dor no peito, fraqueza nas pernas, falta de ar e vista escura. Em casos mais graves, é comum experimentar uma espécie de desligamento momentâneo no coração.

“Caso a pessoa identifique esses sintomas, deve procurar rapidamente um médico e realizar exames para detectar como está o ritmo do coração. A principal causa de infarto é a arritmia cardíaca, e a maioria dos males súbitos tem grande risco de morte na primeira hora”, afirma Vicente.

“Quando os sintomas são experimentados de forma constante, é necessária medicação e, em casos mais graves, é preciso passar por uma ablação, procedimento feito para queimar o foco que está causando a arritmia no coração”, explica Vicente.

Fonte: R7

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Converse com a gente